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Você acha que há perda na aprendizagem remota?


O primeiro ponto a ser pensado antes de responder a essa pergunta é entender qual o significado de aprendizagem para você professor. O que se entende por aprendizagem é o ponto-chave na hora de avaliar o contexto remoto de educação.


No mundo corporativo, aprendizagem significa mudança de comportamento. E no contexto escolar? Se aprendizagem em tal contexto significa absorver informações, sistematizá-las internamente para posterior registro em avaliações, o ensino remoto ocorrerá de um jeito específico.


Se aprendizagem significa absorver as mesmas informações, sistematizá-las e aplicá-las em solução de problemas reais, o ensino remoto precisa ser direcionado a fim de alcançar tais objetivos.


A verdade é que o ensino remoto não pode ser superficialmente classificado como funcional ou não. Depende de como utilizamos as ferramentas! Assim como, a comparação com aulas presenciais. As mesmas podem ser ineficazes de qualquer forma, quando as potencialidades do modelo não são aproveitadas. Dessa forma, algumas perguntas precisam ser feitas:

O que a sua escola quer? Qual o propósito da sua escola? Da sua aula? Qual o seu propósito? O que você quer provocar ou transformar com a educação?


O momento que vivemos requer mudanças. E essas mudanças não são superficiais. É menos sobre “ter que dar aula pelo computador” e mais sobre “preciso repensar minha aula e seus objetivos” para que conversem com as ferramentas das quais dispomos.


E como toda mudança, gera gasto de energia. Gera desconforto. É o cérebro direcionando energias extras para criar novos circuitos de aprendizagem...nos professores e nos alunos. É hora de parar e refletir sobre as mudanças. É o primeiro passo para torná-las conscientes, aceitá-las e começar a agir.


Com a reforma do ensino médio batendo à porta das escolas, trazendo uma realidade disruptiva na qual o acúmulo de conteúdos deixa de ser o foco, é necessário entender a verdade e a intenção por trás dos projetos de vida. Tudo isso em meio às mudanças na maneira como as relações escolares se redesenham em meio à pandemia.


Paralisamos. De medo, de desconfiança e de tanta incerteza.


Mas a solução é justamente essa: parar. Ou ao menos, desacelerar.

Refletir, Repensar, Ressignificar e Redesenhar.


Parece simples. Mas com o turbilhão de mudanças ocorrendo a cada segundo, mal temos tempo de respirar. Parar parece pecado. Palavra proibida na geração da alta performance. Porém, quando não se para, não se cria. Os estados criativos cerebrais são alcançados intercalando momentos de foco e momentos de “NADA”.


É preciso reavaliar nossos propósitos como educadores no atual cenário. Redesenhar nossas aulas, aceitar que o mundo mudou e seguir em frente ajudando a criar a nova educação. As mudanças ocorrem rapidamente, mas nós não precisamos necessariamente viver integralmente nossos dias regidos por esse relógio invisível.


Quanto mais correria, mais somos levados a executar coisas sem tomar consciência delas, e esse é o primeiro passo para não ser autor das próprias criações. No contexto educacional, nos vemos dando aulas como todos dão, seguindo cronogramas impossíveis e gerando conteúdo em massa sem reflexão. Sem plano de aula. Sem olhar para quem direciono o conteúdo. Aplicando provas que não avaliam. Formando alunos que não são cidadãos.


A pandemia nos deu a chance de parar por um momento. Aproveitemos.

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