Você dá tempo de reflexão aos alunos após cada conteúdo dado?

“Se o aluno não entendeu para que serve aquilo no fim das contas, será que alcançou seu objetivo? Apesar de todo o seu conhecimento no assunto."

Esses dias me peguei pensando numa das frases mais ouvidas por professores em sala de aula: “Não sei por que estamos aprendendo isso.” Muitas das vezes quando você acabou de dar aquela aula-orgulho. Aquela na qual você desfilou conhecimento. Falou com maestria, cheio de técnica e didática.

Se o aluno não entendeu para que serve aquilo no fim das contas, será que alcançou seu objetivo? Apesar de todo o seu conhecimento no assunto.

Enquanto eu apagava o quadro durante uma aula tive um insight sobre o assunto.

O não entendimento dos porquês é responsabilidade nossa (mesmo que não totalmente). Meu aluno não é obrigado a saber porque a evolução conservou as principais vias da respiração celular. Mesmo que ele saiba todas de cor e memorize as principais questões de vestibular sobre o assunto.

Entretanto, se eu não promovo atividades que evidenciem o significado do fenômeno, eu falhei em fazer meu aluno entender a aplicabilidade.

iu o conteúdo dado na prova, ele entendeu. Ledo engano. Ele pode até ter compreendido os principais aspectos, mas se o questionamento muda ou se ele é levado a criar em cima da informação... dá branco!

Alunos passam no vestibular sem saber para que servem as coisas? Passam. Eles memorizam, associam e seguem em frente. Mas muitas vezes sem o real significado das coisas.

Sem esse significado fica difícil criar. É aí que sobressaem os alunos que entendem os porquês. Esses sabem os significados. Dessa forma conseguem generalizar o conhecimento e aplica-ló em diferentes situações. Simples assim.

Mas como nós professores damos significado aos conhecimentos?

Contextualizando, claro. Mas vai além! Permitindo que os alunos pensem sobre o assunto.

Experimentem. Testem hipóteses, criem as suas próprias. Mas que horas vamos fazer isso? Precisamos seguir o cronograma (assunto para uma nova postagem).

A mensagem principal aqui é: se não fornecemos tempo para reflexão após passar informações estamos criando meros repetidores de conteúdo. Isso afetará suas vidas profissionais.

Quando não damos tempo para reflexão ou registro as associações próprias do aluno não são geradas. E é exatamente nesse momento que ele aprende. É nessa hora que a dúvida se forma.

Se esse aluno tem o hábito de estudar em casa, ele terá nova chance. Mas são perdidos segundos preciosos de formação de hipóteses, que por vezes, só acontecem em sala de aula no momento em que a explicação foi feita. Essas associações próprias são importantes para a memorização e evocação de conteúdo posteriormente, bem como para consolidação da informação no cérebro.

E você? Encaixa momentos de reflexão nas suas aulas? Incentiva os alunos a fazerem registros próprios da matéria dada?

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